Você provavelmente já ouviu falar muito sobre a nuvem e como ela está revolucionando a maneira como os negócios são feitos hoje em dia. Mas o que é a nuvem e - mais importante - como sua empresa pode tirar proveito disso, ainda são questões com razoável margem de dúvidas.
Nesse artigo vamos entender o que é computação em nuvem e como pode isso pode afetar seu trabalho.
Então, o que é a nuvem?
Vamos começar com definições.
Nuvem, ou computação em nuvem, é um termo usado para descrever recursos computacionais - como memória e processamento - compartilhados via internet entre as aplicações (ou programas). Esses recursos são utilizados para executar parte do trabalho que anteriormente seria feito exclusivamente pelo programa instalado na máquina do usuário.
O termo "nuvem" está em uso desde 2006, mas se tornou popular quando a IBM começou a divulgar o IBM SmartCloud, em 2011 em suas peças publicitárias.
O nascimento da nuvem
No modelo anterior, a computação nas empresas contava com uma rede de corporativa com vários computadores pessoais (PCs) conectados a um servidor local. A maioria dos trabalhos era executada individualmente em cada PC, através de programas licenciados para isso. Os resultados eram então salvos do disco rígido local e cópias de segurança (backups) feitas sob responsabilidade de alguém na TI, através da rede interna.
A evolução desse ecossistema criou demanda por processamento mais rápido e maior memória do PC, obrigando todo sistema a avançar para oferecer suporte à software mais complexos e para fazer backup das montanhas de dados produzidos.
Esse ciclo de crescimento precisou, é claro, de significativo capital e investimento em poderosos sistemas de redes de computadores, aumentando exponencialmente capacidade de armazenamento e processamento. Com isso, os sistemas de rede se tornaram tão eficientes que acabaram sendo subutilizados e um excedente de capacidade foi criado.
Neste momento, empresas como Amazon e IBM perceberam que seus servidores e redes de alta velocidade e alta capacidade poderiam ser particionados. Isso tornava possível disponibilizar os recursos excedentes para atender às necessidades de computação de outras empresas e organizações. A capacidade disponível, armazenamento e poder de processamento poderiam então ser vendidos como mercadorias comercializáveis.
E assim nasceu a nuvem.
Diferentes tipos de nuvem
Atualmente, dentro do conceito de nuvem, existem diferentes tipos de opções, mas as três mais comuns são:
• Software como serviço (Saas) - Quando um aplicativo que é executado e mantido em um servidor remoto e é acessado através da web.
• Infraestrutura como serviço (Iaas) - Substituição de hardware próprio por outro em algum data center externo, acessado via internet e com algum tipo de tarifação calculada pelo uso dos recursos compartilhados com outros clientes.
• Dados como serviço (Daas) - armazenamento e acesso a dados por meio de um servidor remoto.
A nuvem e sua utilidade
Se você prestou atenção até aqui, provavelmente começa a ver como a computação em nuvem pode facilitar o acesso a mais tecnologia, sem exigir seu próprio departamento de TI ou ter que fazer investimento de capital significativo em aquisição de licenças ou de equipamentos.
Isso significa que agora é possível utilizar aplicativos incríveis pagando pelo seu uso sem comprar uma licença (As a Service). Um dos benefícios do "como serviço" é que você geralmente paga ao usá-lo. Os altos valores de investimento de antigamente se tornaram custos variáveis, possibilitando as pequenas empresas ter os mesmos recursos das gigantes.
Também significa que você pode realizar seu trabalho estando em qualquer lugar do mundo.
Sua rede que antes era local se tornou global.
Questões de segurança
Toda empresa de construção em nosso país desenvolveu algum tipo de know-how próprio e muitas vezes se sente insegura em adotar tecnologias de nuvem, acreditando que irá perder o controle sobre um diferencial. Embora diferenciais sejam importantes, não é necessário ficar para trás para colher os benefícios que a computação em nuvem oferece. Basta olhar em volta para outras indústrias com requisitos semelhantes, ou talvez ainda mais rigorosos, no que se refere a informações. Por exemplo, governo federal e sistemas de saúde.
Nesse ponto, a pergunta a se fazer é: “o que há de tão sensível em nossos dados que nossa empresa não está disposta a alavancar a nuvem?"
Concentre-se no que faz melhor
Empresas como Microsoft, Google e Amazon gastam muito tempo e energia para atender aos requisitos de segurança, escalabilidade e disponibilidade de seus serviços de computação em nuvem. Não duvide, se você está no ramo da construção, a quantidade de recursos, tempo e comprometimento necessários para criar e manter soluções proprietárias no mesmo nível que essas empresas simplesmente não compensam.
Se você já está nesse setor há tempo suficiente, com certeza conhece empresas que passaram alguns anos desenvolvendo seus próprios softwares e abandonaram esses esforços algum tempo depois. Isso geralmente ocorre quando se percebe que há mais benefícios ao concentrar fundos e recursos em seus pontos fortes como engenharia, design, gestão e gerenciamento de construção, mas não em software.
O mesmo vale para qualquer coisa que forneça pouco valor estratégico e que tem melhor ROI ao ser terceirizado para a nuvem.
A nuvem é para mim?
Via de regra, obter as respostas para algumas perguntas simples podem lhe direcionar sobre essa questão:
1. Existem lacunas de desempenho em nossa organização que podemos mitigar mais rapidamente, transformando para a nuvem?
2. Essas lacunas estão resultando em perda de receita? Quanto?
3. Quais as ferramentas licenciadas ou próprias são importantes para nossa operação? Qual vantagem competitiva conseguiríamos se essas ferramentas fossem levadas para nuvem?
4. Qual é o custo para termos infraestrutura de TI própria, de licenciamento de software e de manutenção? Qual o custo de atualização disso e com qual frequência isso deve ser feito?
5. Qual é o custo para se manter estrutura similar em nuvem?
6. Como essa mudança se traduzirá em economia de tempo e custo ou aumento de receita?